domingo, 4 de dezembro de 2016

NÃO! Se você tem dificuldade para falar “não” ou se fica com sentimento de culpa quando precisa recusar um pedido de favor, este texto é para você...

Você sabe dizer Não ??? Muitas vezes,para se ter paz e atingir objetivos, dizer "não" é a melhor saída.


Durante os últimos meses, um dos maiores aprendizados que tive foi começar a dizer “não” para todas as situações desconfortáveis ou que me fariam sacrificar prioridades.
Para conseguir escrever este texto, por exemplo, precisei de falar “não”. Antes de abrir o editor de texto, recebi a ligação de um conhecido que tinha uma “oportunidade imperdível” e queria me fazer uma apresentação. Uma simples reunião dessas poderia facilmente me roubar de 15 a 20 minutos. Por isso, disse que estava ocupado e pedi que me enviasse os detalhes por e-mail. Dessa forma, levo apenas 1 ou 2 minutos para decidir se tenho interesse na proposta.
Se eu tivesse recebido essa ligação há um tempo atrás, minha resposta teria sido completamente diferente. Eu provavelmente diria sim e faria a reunião imediatamente, mesmo sabendo que provavelmente seria uma perda de tempo. Meus pais me ensinaram que eu devo ser generoso, atencioso, sempre ajudar as pessoas, fazer favores. Logo, recusar um convite ou pedido de ajuda é o mesmo que ser mal educado, rude e até mesmo egoísta. Claro que eu não quero ser esse tipo de pessoa! Por isso, não é difícil entender porque eu acabei me tornando o cara “bonzinho”, que diz “sim” para tudo.
Mas ao agir assim eu estava criando um grande problema.

Por que você deve aprender a dizer “não”?


É simplesmente impossível agradar a todas as pessoas. Sempre ceder aos desejos e vontades dos outros é a forma mais fácil de deixar de lado nossas próprias necessidades. Quando dizemos “sim” para os outros, pagamos um preço por isso.

Talvez esse preço seja ficar até mais tarde no escritório, faltar ao treino da academia, passar menos tempo com quem amamos ou perder uma noite de sono para conseguir “encaixar” o imprevisto. Muitas vezes quando nos esforçamos para agradar aos outros estamos sacrificando nossos próprios interesses.



Não importa se te dizem que são apenas “5 minutinhos”. No fundo sabemos que isso quase nunca é verdade. Aqueles inofensivos minutinhos rapidamente se transformam em chateação, atrasos ou perda de foco no que realmente é importante.

Por que é tão difícil dizer “não”?




Mesmo sabendo que já estamos com a agenda cheia e que concordar com um pedido irá nos sobrecarregar, temos dificuldades para falar “não”. Seguem os principais motivos para isso.
Você quer ajudar: nós gostamos de ajudar os outros. Se alguém nos procura pedindo um favor ou um tempo, queremos ser legais, mesmo se já estivermos completamente atarefados.

Você quer proteger sua vaidade: todos querem ser vistos como pessoas generosas. Quando dizemos “não”, deixamos claro que nossos interesses são mais importantes para nós do que os desejos dos outros.

Você tem medo de parecer mal-educado: não queremos parecer anti-sociais ou rudes. Por isso não saímos dos grupos do WhatsApp que não pedimos para entrar ou aceitamos um convite mesmo sem estarmos a fim de ir.

Você tem medo de conflitos: quando o chefe nos pede para fazer algo que vai nos sobrecarregar, preferimos concordar porque temos medo de um possível conflito. O resultado é um expediente prolongado, trabalho aos finais de semana e, certamente, mais estresse.

Você tem medo de perder oportunidades: ao recusar um convite ou pedido de ajuda tememos que isso feche portas. Não queremos deixar de ir a tudo que é evento social com medo de estar deixando algo para trás.

Percebe como os sentimentos de medo, culpa e vaidade nos fazem sacrificar pelos interesses dos outros? Pessoas que agem motivadas por esses sentimentos não se dão conta do quanto isso é devastador!

Como dizer não?



Neste ponto acredito que todos já sabemos que é melhor defender nossos próprios interesses ao invés de concordar com tudo o que as outras pessoas querem de nós. Mas como fazer isso?


Vá direto ao ponto, sem entrar em detalhes


Na tentativa de não magoar o outro, algumas pessoas começam a se justificar demais, como se estivessem pedindo desculpas por não ajudar. Não faça isso! Você não precisa se explicar e muito menos pedir desculpas pela sua decisão. Lembre-se de que você não está fazendo nada de errado ao priorizar seus compromissos. Não comece se desculpando nem explique quais são suas prioridades. Não interessa se sua prioridade é terminar seu TCC ou assistir a um filme com a namorada. Isso não é da conta de mais ninguém.
Simplesmente diga: “Eu não posso me comprometer com isso, 
porque já tenho outras prioridades neste momento.”


Se você não está totalmente confortável se deve atender a um pedido, peça um tempo para pensar. Decidir sem analisar todos os ângulos é a receita para se arrepender mais tarde. Algumas pessoas usam “armadilhas” para tentar te persuadir a tomar uma decisão precipitada. Elas sabem que, se não for por impulso, você dificilmente irá concordar. Desconfie sempre que alguém te pressionar a tomar uma decisão. Cuidado com aquele vendedor que diz que a promoção só vale por hoje ou que é a última peça no estoque.
Simplesmente diga: “Eu até tenho interesse, mas não quero 
tomar uma decisão agora: 



Nunca são apenas 5 minutinhos


Algumas pessoas são incrivelmente insistentes. Mesmo quando você diz “não”, elas retrucam que será rapidinho. Cuidado, essa é uma armadilha! No fundo sabemos que não é verdade. Aquela reunião que poderia ter sido resolvida com um rápido email se transforma numa conversa sem fim. Se você se deparar com esse argumento, de que não vai tomar muito seu tempo, não dê ouvidos.
Simplesmente diga: “Eu te entendo, mas realmente não posso.”


Algumas pessoas usam estratégias de persuasão 
para nos manipular.



 Elas se aproximam, são simpáticas, nos fazem um pequeno favor, mas depois vêm pedir algo em troca. Como queremos retribuir o favor não conseguimos recusar. Esta técnica de manipulação se chama reciprocidade.
Há um tempo atrás um colega antigo e distante me convidou para um almoço. Relembramos histórias divertidas da faculdade e, ao final, ele fez questão de pagar a conta. Alguns dias depois ele me liga e pede minha “ajuda” para promover um produto que ele estava para lançar. O primeiro impulso que temos após criado o laço de reciprocidade é o de retribuir.
No entanto, aquela era uma armadilha que me deixava desconfortável. Entendendo o que havia acontecido e totalmente seguro de quais eram meus próprios interesses, pude dizer “não” ao meu colega sem qualquer sentimento de culpa.
Uma segunda arma de persuasão usada pelos manipuladores é te fazer um pedido absurdo para te deixar desconfortável por ter que dizer “não”. Em seguida, é feito um segundo pedido, bem menor que o primeiro, mas ainda assim, comprometedor. Por exemplo:
Um conhecido pede: “Estou sem meu computador e preciso terminar um trabalho importante. Você poderia me emprestar seu notebook até o final da semana?”

Você diz: “Infelizmente não posso ficar sem ele a semana toda.”

Daí, ele finalmente retruca: “Tudo bem, eu entendo… Mas será que então você poderia, pelo menos, me emprestá-lo somente até amanhã? Você me ajudaria muito e eu ficaria eternamente grato!”

Os manipuladores sabem que a chance de concordamos com o segundo pedido é muito maior. As pessoas se sentem mal por ter que dizer “não” após o primeiro pedido. Quando requisitadas novamente, com um pedido mais brando, elas se sentiriam ainda pior em dizer “não” e, só por isso, acabam concordando.               


É claro que, algumas vezes, você poderá dizer “sim” ao pedido de um conhecido. Nesses casos, antes de aceitar e acabar se arrependendo mais tarde, se assegure de que isso não vai entrar em conflito com seus compromissos já existentes. Acima de tudo, não tome decisões precipitadas, peça por um tempo para pensar quando não estiver 100% confortável e jamais concorde em fazer algo, por qualquer tipo de medo ou vaidade.
Ao dizer “não” você está deixando claro que não é apenas mais um cara bonzinho que só se enrola na tentativa de ser legal com todo mundo. É uma forma de defender os seus próprios interesses frente às vontades dos outros. (Eduardo Santorini)

Sobre o autor: Eduardo Santorini é coach de relacionamentos, criador do projeto Atitude.com e autor de livros e treinamentos sobre conquista. Atualmente ele é um dos maiores estudiosos dos mecanismos de atração entre homens e mulheres e seu trabalho já foi destaque nos principais veículos da mídia.

Fonte integral do texto : Atitude.Com


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