Afim de que não percam a condição
de vítima, há os que não perdoam.
Com o
propósito de despertar a compaixão alheia, estimam viver com os sentimentos
feridos.
Evocam, com
freqüência, a ingratidão que foram alvo e, ao descrevê-la, comovem-se às
lágrimas.
De caso
pensado, negam ao ofensor a oportunidade da reparação.
Fogem à
reaproximação promovida por amigos comuns.
Dificultam,
ao máximo, a possibilidade do entendimento.
Cobrem-se de
razão, não admitindo sequer a hipótese de que possam ter alguma parcela de
culpa.
Ofendidos
uma única vez, não hesitam em ofender sucessivas vezes em revide.
Estabelecem
um preço excessivamente alto a quem os tenha magoado por bagatela.
Não entendem
o perdão como dádiva, mas como mercadoria negociável.
Esses
irmãos, aos quais referimos, mantêm o rancor como trunfo em seu relacionamento
com os outros.
Perdoam ou
não perdoam, segundo interesses e conveniências que só pesam meticulosamente.
(Antonio C. Baccelli)
Nosso verdadeiro Amigo é aquele que não nos desculpa nada e nos perdoa tudo. (Condessa Diane)
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