SABEMOS DECODIFICAR O AVISO DO NOSSO SER INTERIOR? Primeiramente, é interessante pararmos para pensar se sabemos que o nosso ser interno nos manda “sinais de fumaça” a cada situação em que nos sentimos perdidos.
É engraçado falar isso, porque se formos analisar
rapidamente, diríamos que não. Quando estamos vivenciando os momentos difíceis,
nada parece fazer muito sentido, parece que estamos muito sós e que não sabemos
como agir. Mas, por incrível que pareça, isso não é verdade.
O tempo todo estamos mandando para nós mesmos avisos
sobre o comportamento que temos, sobre as experiências que vivenciamos, mas nos
fazemos de surdos diante deles.
Ora, se não temos todas as respostas para as nossas
perguntas como o nosso Ser interior poderia nos orientar sobre elas? Fácil: se
acreditamos que estamos preparados para as experiências que vivenciaremos,
podemos não ter todas as respostas, mas temos condições de consegui-las. E o
nosso Ser interno sabe disso!
Como, então, conseguiremos decodificar os avisos?
Estando atentos às nossas reações diante das coisas. Essas reações,
normalmente, vêm na forma de emoções e sentimentos.
Queria compartilhar uma experiência com vocês para que
compreendam o que eu estou falando: estava eu conversando com uma amiga e ela
me fez umas críticas sobre uma postura que eu adoto como mãe. Tenho que admitir
que eu fiquei muito chateada. Tudo o que foi falado me parecia muito injusto,
porque eu sempre dei o meu “melhor” para compreender e auxiliar os meus filhos,
mesmo quando eu me sinto completamente perdida.
Continuando, por eu já compreender que sou eu quem
construo a minha felicidade ou o meu sofrimento, percebia claramente, em meu
íntimo, ambos batalhando para ver quem tomaria conta do meu estado emocional.
Infelizmente, por um tempo considerável, eu permiti que o sofrimento
prevalecesse, alimentando-o ante a “injustiça” cometida.
Quantas vezes vocês não sentem a mesma coisa?
Quantas vezes vocês raciocinam que manter aquela
atitude está lhes trazendo sofrimento, mas, nenhum pensamento razoável faz com
que vocês abram mão de continuar sofrendo?
Acho que foi isso que eu fiz. Eu queria que a pessoa
entendesse que aquelas palavras foram fortes e que eu não gostei do que ouvi
porque acredito que dou o meu melhor.
Depois de um tempo, quando os ânimos esfriaram em mim,
parei para pensar e percebi que, talvez, eu não estivesse tão certa como eu
achava; percebi que, talvez, o cerne daquela questão não estava em eu dar o meu
melhor, mas simplesmente estar trilhando um caminho equivocado; percebi que,
talvez, eu pudesse ouvir aquele “conselho” e agradecer por alguém se importar
comigo, a ponto de me falar as suas verdades; percebi que, talvez, eu poderia
modificar alguns parâmetros que tenho.
Sabem, eu aprendi com a espiritualidade amiga que
quando a gente se perturba com algo é porque esse algo não está bem trabalhado
em nós, é porque nem a gente está seguro de nossas próprias “convicções”...
Se assim é e se somos nós que criamos o ambiente em que vivemos, podemos escutar os nossos avisos e criar os melhores sentimentos e emoções a cada circunstância de nossas vidas, sejam elas boas ou não.
Se assim é e se somos nós que criamos o ambiente em que vivemos, podemos escutar os nossos avisos e criar os melhores sentimentos e emoções a cada circunstância de nossas vidas, sejam elas boas ou não.
Levei um tempo para me recompor daquela experiência,
mas percebi que o que me deixou muito triste não foi o que me disseram, mas sim
de eu estar insegura em relação aquele assunto e não estar preparada para ter
que mudar aquele ponto.
Será que as reações que cada um de vocês está tendo
com o próximo não é um reflexo de suas próprias convicções em ruínas? Será que
não é o nosso Ser interior pedindo para que a gente busque empreender mudanças
que estão mais do que na hora de serem abraçadas e a gente não quer ouvi-lo?
Será que, diante de nossa surdez, ainda precisaremos do outro para nos dar
esses toques?
Se estivermos atentos aos avisos de nosso Ser
interior, compreenderemos que os nossos sentimentos e emoções chegam sem
conseguirmos impedi-los, mas que não somos escravos deles. Assim, poderemos
escolher se desejamos segui-los ou desconstruí-los um a um através de uma
conscientização de nosso Ser.
Se reagirem negativamente a uma circunstância,
alertem-se. Se reagirem positivamente a ela, alegrem-se.
Que possamos nos dar a oportunidade de nos vermos como
os engenheiros de nossa própria vida, ficando tudo muito mais leve a cada
“degrau” construído e a cada “andar” ultrapassado. (Texto integral por Adriana
Machado / vinhas-de-luz.blogspot)
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