Você
já deve ter ouvido ou pronunciado essa frase, não é? Quando aquela pessoa falou
isso para você, como você se sentiu? Como foi falar isso para alguém? Pois é,
cada vez mais ela está presente nos nossos encontros e desencontros amorosos.
Há tempos, venho pensando em escrever algo sobre
essa situação, só que até então me parecia um assunto muito particular de
comentar, até porque, uma parte de mim acreditava que ela — de certa forma-era necessária. Principalmente quando estamos naqueles
momentos mais conosco ou após términos de relacionamentos.
Quanto mais agarrados
formos a uma imagem ou situação infeliz que se passou mais sofrimento geramos.
E sofrimento acumulado, o que gera?
Sem saber o que fazer com a situação, e muitas
vezes culpando o outro pelo ocorrido, nós começamos a construir muros a nossa
volta para que ninguém se aproxime. Isso tudo, para que não cheguem assim tão
rápido e facilmente; e não nos leve o que temos de importante, o nosso coração.
E assim nasce uma fortaleza oca, uma armadura, uma amargura, um medo e rejeição
do outro, uma separação de outros, um não pertencimento, uma apatia, um
sentimento de infelicidade e uma descrença teórica no amor.
Agora voltemos à frase:
Tenho medo de me entregar a um novo relacionamento porque já sofri
antes.
Perceba que: pela nossa mente estar condicionada a
essa projeção, querendo ou não, iremos em algum nível sofrer. Você não é o
único ou a única!
Se pergunte:
Quando você embarcou nos relacionamentos você a todo momento se amou?
O que muitas vezes acontece, e não estou dizendo
que é o seu caso, é que deixamos a nossa casa aberta sem dono para qualquer um
entrar. Deixamos portas e janelas abertas e tudo o mais abandonado. Depois
alguém entra, inclusive um mero ladrão e nos queixamos que ele se apropriou de
uma parte nossa e depois fugiu. Mas quem será o real culpado, quem invadiu ou
quem se abandonou? Será que isso existe? Existem vítimas? Tudo estava aberto e
abandonado…
Hey, vamos fazer um muro para nos proteger?
Isso é deixar tudo como está e ainda chamar o medo
e a insegurança para morar conosco. Perceba que ser forte não é quem quer só se
proteger a todo custo, mas sim quem se valoriza e se ama.
E quando você se valoriza
e se ama você não precisa de escudos: quem não te amar no nível que você se ama
não terá espaço.
A sua casa está tão bem cuidada, limpa e bela; que
só trazendo algo que combine com ela que o outro terá realmente o seu lugar. Só
realmente pertencendo aquele lugar é que ele ficará. Antes, com muro, alguém
que conseguisse subir e passar poderia entrar — sem
problemas — e mais uma vez encontraria aquela casa
abandonada (outra dose de sofrimento, por favor!)
Então meus amigos, cuidem de suas casas e de seus
jardins. Não criem muros, mas plantem lindas e perfumadas flores. Não percam
tempo barrando quem chegar, se o lugar dele for ali, ali ficará; assim como
seus familiares, amigos, colegas…
Não deixe o medo tomar
conta do que você tem de belo, abra-se para o amor (próprio), que ele mesmo se
encarregará de tudo. Seja o amor que só você pode se dar. (Fonte: CONTI outra)
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